Negociações entre os gigantes da web: “o nome do jogo é controle”

2wn9u05Internet é, ao mesmo tempo, um instrumento insuperável de liberdade e de controle

IHU On-line entrevista Pedro Rezende, IHU On-line, 27 de fevereiro de 2014

A compra do WhatsApp pelo Facebook na última semana, no valor de 16 bilhões de dólares, pode ser compreendida como uma “aposta da empresa Facebook numa próxima fase evolutiva da TI que asfixiaria o mercado de PCs programáveis em favor de tablets e smartphones, esses mais facilmente controláveis pelo fabricante. Tal aposta se alinharia com a estratégia dos globalistas infiltrados na TI determinados a acabar com a autonomia da computação pessoal programável”. A avaliação é de Pedro Rezende, professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília.

Autor de inúmeros artigos sobre criptografia, segurança na informática, software livre, revolução digital, epistemologia da ciência, Rezende esclarece, em entrevista concedida à IHU On-Line por e-mail, que “os computadores pessoais universalmente programáveis representam um risco para a agenda globalista muito maior do que para o usuário comum, pois iniciativas inovadoras desenvolvidas colaborativamente em regime de licenciamento permissivo, tais como o software livre e seus emblemáticos navegadores web, podem atrapalhar a implantação de um regime de vigilantismo e controle social máximos necessário ao ambicionado hegemon”.

Apesar de a rede ser composta por “vários monopólios”, há uma cartelização “fortuita ou ocasional”. Mas o “nome do jogo”, adverte, “é controle”. E explica: “O que as revelações de Snowden denunciam, no fundo, é uma parte essencial de um plano ofensivo de guerra cibernética posto em marcha para implantar um regime dominante de vigilantismo global, a pretexto do inevitável jogo de espionagem das nações, nele camuflado como combate ao terrorismo, cibercrime, etc.”. Continue lendo

Copa de 2010: Porno-Desperdício

cape town stadiumDurante a Copa do Mundo da África do Sul, o centro do Johannesburgo era o lugar perfeito para não estar. Naquele junho de 2010, guias turísticos faziam questão de advertir: “À noite, não vá!”

Laura Capriglione, Agência Pública, 11 de fevereiro de 2014

O normal ali é a polícia se retirar assim que o sol se põe e o comércio baixa as portas. Sem lei, os quarteirões ficam, então, entregues ao submundo do tráfico, a usuários em busca de droga, aos loucos, aos sem-teto, aos refugiados de tantos países africanos.

Naquele mês, não. O que não faltava era polícia. Vai que um turista desavisado resolvesse dar um rolé pelas ruas… Continue lendo

In the Carbon Wars, Big Oil Is Winning

alberta shaleThree Signs of Retreat in the Global War on Climate Change

Michael T. Klare, TomDispatch.com, February 13, 2014

Listening to President Obama’s State of the Union address, it would have been easy to conclude that we were slowly but surely gaining in the war on climate change. “Our energy policy is creating jobs and leading to a cleaner, safer planet,” the president said. “Over the past eight years, the United States has reduced our total carbon pollution more than any other nation on Earth.” Indeed, it’s true that in recent years, largely thanks to the dampening effects of the Great Recession, U.S. carbon emissions were in decline (though they grew by 2% in 2013). Still, whatever the president may claim, we’re not heading toward a “cleaner, safer planet.” If anything, we’re heading toward a dirtier, more dangerous world.

A series of recent developments highlight the way we are losing ground in the epic struggle to slow global warming. This has not been for lack of effort. Around the world, dedicated organizations, communities, and citizens have been working day by day to reduce greenhouse gas emissions and promote the use of renewable sources of energy. The struggle to prevent construction of the Keystone XL tar-sands pipeline is a case in point. As noted in a recent New York Times article, the campaign against that pipeline has galvanized the environmental movement around the country and attracted thousands of activists to Washington, D.C., for protests and civil disobedience at the White House. But efforts like these, heroic as they may be, are being overtaken by a more powerful force: the gravitational pull of cheap, accessible carbon-based fuels, notably oil, coal, and natural gas. Continue lendo

Comcast + Time Warner Cable = Disaster

stop-the-merger_0Craig Aaron, Free Press, February 13, 2014

Comcast just announced that it’s buying Time Warner Cable. If approved, this outrageous deal would create a television and Internet colossus like no other. Comcast is the country’s #1 cable and Internet company and Time Warner Cable is #2. Put them together and you get a single giant controlling a massive share of our nation’s TV and Internet-access markets.

No one woke up this morning wishing their cable company was bigger or had more control over what they watch and how they get online. But that is the reality we’ll face unless the Justice Department and the Federal Communications Commission do their jobs and block this merger. Stopping this kind of deal is exactly why we have antitrust laws. After a year of sustained organizing, we convinced the DoJ and the FCC to stop AT&T from gobbling up T-Mobile. Continue lendo

Três anos de revoltas conectadas

mani junho BrExistem elementos comuns entre a explosão do movimento espanhol 15M e o nascimento #YoSoy123 no México? Pode-se traçar algum paralelo entre a defesa do Gezi Park, em Instambul, e as revoltas iniciadas pelo Passe Livre no Brasil? Há padrões compartilhados entre as revoltas que sacudiram o mundo desde a centelha da Primaveira Árabe?

Bernardo Gutierrez, Outras Palavras, 20 de janeiro de 2014. A tradução é de Cauê Ameni e Gabriela Leite.

Se levarmos em conta apenas pautas concretas, as revoltas poderiam parecer desconexas. O grito de “Não somos mercadorias nas mãos dos políticos e banqueiros”, do 15M, teria pouco a ver com o “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar”, das revoltas no Brasil. Occupy Wall Street estaria longe do #YoSoy132 mexicano, que nasceu contra a criminalização de 131 estudantes da Universidade Iberoamericana. No entanto, o imaginário de todas as revoltas parece conectado por algo que escapa à lógica.

O “vamos fazer como em Tahrir” (praça no Cairo, Egito) era um eco dos “quarenta da [Porta do] Sol” que acamparam em Madri na noite do 15 de maio de 2011. “Acabou a mordomia, o Rio vai virar outra Turquia” ressoava nas manifestações iniciais do Rio de Janeiro. O hashtag #TomaLaCalle, que agitou os indignados espanhois, foi reutilizado e remesclado na mobilização peruana de julho do ano passado.

A Anonymous Rio hackeou a conta do Twitter da Rede Globo e colocou três palavras: Democracia real já. E o imaginário do Occupy está presente na maioria das revoltas dos últimos tempos. O que, como e por que flutua no ar uma conexão inexplicável, à primeira vista? Continue lendo

Para evitar crise, Brasil precisa diversificar matriz energética

wind-energyPaís é hoje dependente de hidro e termoelétricas. Para especialistas, modelo é arriscado e caro. E saída passa por explorar fontes renováveis e potencial das regiões. Solução a curto prazo, porém, é vista com ceticismo.

Deutsche Welle, 5 de fevereiro de 2014

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o apagão de terça-feira (05/02), que atingiu partes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, não foi causado, em princípio, por excesso de consumo. Mas de acordo com especialistas ouvidos pela DW, o Brasil precisa diversificar urgentemente sua matriz energética – hoje altamente dependente das hidroelétricas e, em casos de emergência, das termoelétricas.

As termoelétricas são acionadas sempre que o setor hidroelétrico – responsável por 63% da energia gerada no país – ameaça não dar conta da demanda de consumo. Segundo especialistas, a curto prazo, nenhuma outra fonte de energia renovável será capaz de suprir as atuais necessidades do sistema, mas, para os próximos anos, é preciso investir em alternativas.

“As energias renováveis não são oportunidades que possam ser implementadas a curto prazo, porque a lição não foi feita. O planejamento do Brasil é só aumentar a oferta de hidroelétricas. E o governo acaba não atentando para as alternativas”, avalia Artur de Souza Moret, professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da Universidade Federal de Rondônia (Unir). “A tendência ‘monotecnológica’ do país é um entrave à eficiência do planejamento enérgico.” Continue lendo

O rolê da ralé

RolezinhoGrito dos quase incluídos? Flash mob da periferia? Repique das jornadas de junho? Marcha do desprezo pela cultura democrática? Ou apenas e tão somente “um rolê”? O País discute o que vai pela cabeça daqueles rapazes de bombeta e bermudas, que se endividam para comprar um tênis Mizuno, a congestionar os corredores dos shopping centers – estes também chamados aqui e ali de “templos do consumo”, “espaço privado aberto ao público” ou “única opção de lazer na quebrada”, de acordo com o gosto do freguês. Os rolezinhos entraram com tudo no vocabulário político nacional e andaram nas bocas do prefeito Fernando Haddad, do governador Geraldo Alckmin e até da presidente Dilma Rousseff.

Ivan Marsiglia entrevista Jessé Souza, O Estado de S. Paulo, 19 de janeiro de 2014

Para o sociólogo potiguar Jessé Souza, doutor pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, com todas as interpretações que se possam atribuir ao fenômeno (e, em especial, às reações da sociedade brasileira a ele), uma coisa é certa: estamos diante de “um reflexo do apartheid brasileiro que separa, como se fossem dois planetas distintos, os brasileiros ‘europeizados’, da classe média verdadeira, e os percebidos como ‘bárbaros’, das classes populares”. Continue lendo

Profanando os templos do consumo e da desigualdade

rolezinho 2Com seus rolezinhos, jovens da periferia de São Paulo profanam os shopping centers, os templos do consumo, desacralizando o que de mais valioso eles oferecem para as camadas conservadoras da sociedade, a sensação de segurança e a segregação das “classes perigosas”. Eles visibilizam a profunda desigualdade social e racial do Brasil e estão contribuindo para tematizar a privatização do espaço urbano.

José Correa, Outra política, 16 de janeiro de 2014

Valquiria Padilha, em seu estudo sobre os shopping centers no Brasil, chama-os de “templos da mercadoria”. E, de fato, sua proliferação pelo mundo acompanha a expansão da sociedade de consumo de massa e a difusão do american way of life, de sua religião, o culto ao mercado, e de seu ideal de felicidade, o consumo. Desde que o Shopping Center Iguatemi foi inaugurado em 1966 em São Paulo, o número de shoppings no Brasil atingiu 577 em 2004, passando para 766 em 2010 (sendo 153 no estado de São Paulo) e prevendo-se que eles cheguem a 985 em 2016.

Segurança e segregação em questão. Em uma das sociedades mais desiguais do mundo, que aboliu formalmente a escravidão há pouco mais de um século, os “templos do consumo” teriam que institucionalizar fortemente a segregação e preconceito. Os shoppings prometem aqui, aos seus freqüentadores, segurança e segregação social – dois “serviços” que, aos olhos da burguesia e das classes médias conservadoras, estão diretamente ligados. Eles se tornaram um componente central na segregação territorial e social das cidades brasileiras, recebendo todo tipo de isenção e apoio dos governos. Continue lendo

Os novos “vândalos” do Brasil

rolezinhoO rolezinho, a novidade deste Natal, mostra que, quando a juventude pobre e negra das periferias de São Paulo ocupa os shoppings anunciando que quer fazer parte da festa do consumo, a resposta é a de sempre: criminalização. Mas o que estes jovens estão, de fato, “roubando” da classe média brasileira?

Eliane Brum, El Pais, 23 de dezembro de 2013

O Natal de 2013 ficará marcado como aquele em que o Brasil tratou garotos pobres, a maioria deles negros, como bandidos, por terem ousado se divertir nos shoppings onde a classe média faz as compras de fim de ano. Pelas redes sociais, centenas, às vezes milhares de jovens, combinavam o que chamam de “rolezinho”, em shopping próximos de suas comunidades, para “zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras” ou “tumultuar, pegar geral, se divertir, sem roubos”. No sábado, 14, dezenas entraram no Shopping Internacional de Guarulhos, cantando refrões de funk da ostentação. Não roubaram, não destruíram, não portavam drogas, mas, mesmo assim, 23 deles foram levados até a delegacia, sem que nada justificasse a detenção. Neste domingo, 22, no Shopping Interlagos, garotos foram revistados na chegada por um forte esquema policial: segundo a imprensa, uma base móvel e quatro camburões para a revista, outras quatro unidades da Polícia Militar, uma do GOE (Grupo de Operações Especiais) e cinco carros de segurança particular para montar guarda. Vários jovens foram “convidados” a se retirar do prédio, por exibirem uma aparência de funkeiros, como dois irmãos que empurravam o pai, amputado, numa cadeira de rodas. De novo, nenhum furto foi registrado. No sábado, 21, a polícia, chamada pela administração do Shopping Campo Limpo, não constatou nenhum “tumulto”, mas viaturas da Força Tática e motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) permaneceram no estacionamento para inibir o rolezinho e policiais entraram no shopping com armas de balas de borracha e bombas de gás. Continue lendo

Rolezinhos: limpando o campo para pensar o papel de esquerda organizada

Edemilson Paraná, Imaginar para revolucionar, 15 de janeiro de 2014

Diagnóstico

Não, não são “protestos” por justiça-social (por mais que gostaríamos que fossem). São flashmobs, encontros de jovens onde a vida no Brasil, por várias razões, passou a dizer que jovens devem se encontrar: nos shoppings. É sobre curtir, azarar, cantar, viver (porque no capitalismo viver é, antes de tudo, consumir). O Funk Ostentação, trilha sonora dos eventos, não tem no seu conteúdo (ainda que ironicamente o tenha na sua forma, sobretudo por conta do “choque estético” que produz em certos setores) nada de flagrantemente contra-hegemônico do ponto de vista político – assim como hip-hop bling-bling nunca teve. Continue lendo

Carro toma quase toda a rua sem transportar nem 1/3 dos paulistanos

Vanessa Correa, Folha de S.Paulo, 12 de dezembro de 2013

Quanto espaço das ruas os 3,8 milhões de carros que circulam pela cidade tomam? Nos horários de pico, 78% das principais vias são dominadas pelos automóveis -dentro deles, são transportados apenas 28% dos paulistanos que optam pela locomoção sobre rodas. Enquanto isso, os ônibus de linha e fretados, com ocupação de 8% do asfalto, levam 68% das pessoas.

“Quem quer que seja o próximo prefeito, terá de olhar para esse dado, fazer uma política inteligente e tentar reduzir a desigualdade no uso das vias”, diz Thiago Guimarães, especialista em mobilidade e professor da Universidade Técnica de Hamburgo, na Alemanha. Continue lendo

Todo o universo indígena está a perigo

“Historicamente, os governos de centro ou esquerda ou direita, seja qual for a tendência, sempre foram contrários aos índios”, afirma Sydney Possuelo que foi presidente da Funai durante o governo Collor. Possuelo foi o responsável pela demarcação da terra indígena Yanomami. É tido como criador do departamento de índios isolados da Funai (atual Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato), responsável por institucionalizar a postura de não-contato com os povos indígenas em isolamento voluntário. Segundo ele, “de um modo geral, a sociedade nacional nunca gostou de índio. Hoje, se soma a essa postura histórica de nunca gostar e não respeitar, a ação governamental que se alia aos tradicionais inimigos dos povos indígenas”.

Felipe Milanez entrevista Sydney Possuelo, Carta Capital, 2 outubro de 2013

O que está acontecendo hoje, como explicar esse ataque aos direitos indígenas?

De um modo geral, a sociedade nacional nunca gostou de índio. Hoje, se soma a essa postura histórica de nunca gostar e não respeitar, a ação governamental que se alia aos tradicionais inimigos dos povos indígenas. O agronegócio, no Brasil, esta aliado ao governo. O governo está mais desmatando do que tudo. As grandes obras nacionais, hidrelétricas, que também se aliam ao governo porque é o governo que esta fazendo. Há um monte de ONG que dependem do governo, e elas não tem mais voz. Dentro da Funai não se encontra mais nenhum defensor dos índios. Aquela Funai antiga, que vários companheiros faziam da Funai um órgão de luta de defesa dos povos indígenas, hoje não existe mais. Continue lendo

Serie Seven wonders of the industrial world (BBC)

The Great Ship
This episode focuses on the construction of the SS Great Eastern, designed by Isambard Kingdom Brunel to be both the first ship entirely made out of iron and the most luxurious vessel of the day. However, whilst the ship itself was a marvel of shipbuilding, its construction was marred by accidents, scandal and misfortune, including a fire that practically destroyed the shipbuilder’s yard, problems with the launch and financial scandals, all of which contributed towards Brunel’s deteriorating health and comparatively early demise in 1859 and the popular belief that the ship was jinxed (a rumour leading to the legend of two bodies being found trapped in the hull upon its dismantling).

The Brooklyn Bridge
Focusing on the construction of the Brooklyn Bridge, the episode examines the family that built it – John Augustus Roebling, who designed the bridge; his son, Washington Roebling, who took over construction following his father’s death shortly after the project was announced; and Washington’s wife Emily Roebling, who taught herself engineering principles and took on the burden of her husband’s work after his health was destroyed by the decompression sickness he suffered, owing to the length of time he spent working and overseeing matters in the pressured atmosphere of the underwater caissons used to build the bridge.

Bell Rock Lighthouse
This episode tells the story of the construction in the early 19th century of the offshore lighthouse on Bell Rock, by the Scottish engineer Robert Stevenson. Bell or Inchcape Rock was underwater except for a couple of hours at low tide each day. It had claimed the lives of sailors and sunk ships for hundreds of years, but its situation caused difficulties in producing a design that would stand up to the storms and waves that ravaged the area while simultaneously housing the builders who worked on it during the few months of fair weather available each year.

The Sewer King
Set in London during the 1850s, this episode focusses on the construction of the London sewerage system, built to replace the antiquated medieval system that was overworked and inadequate for the needs of the-then largest metropolis in the world, causing epidemics of disease and a permanent foul stench to fill the air. The episode follows the efforts and work of Joseph Bazalgette, the brilliant engineer who designed the influential and modern sewer system that would purify the city, transform the streets above and would result in the end of the epidemics of cholera and typhoid that had ravaged the population – although, ironically not for the reasons that he initially thought.

The Panama Canal
This episode presents the French and American efforts to build a canal through Panama to link the Atlantic Ocean with the Pacific Ocean. The first attempt to construct the canal by Ferdinand de Lesseps, the builder of the Suez Canal, was abandoned because of tropical diseases (which killed over 22,000 men) and the difficulty of constructing a sea-level canal through the mountains. The resulting financial scandals not only ruined de Lesseps and many investors, it also brought down the French government. The episode then takes up the story seventeen years later when the United States took up the challenge. A concentrated effort succeeded in eradicating the causes of the tropical diseases, but the attempt to build a sea-level canal once again failed. Instead the canal was built with locks.

The Line
The episode follows the construction of the Pacific Railroad, the first transcontinental rail system, which would unite the eastern and western seaboards of the United States. Started inSacramento by a consortium of local shopkeepers with no experience in building a railroad, the episode follows their efforts to build from west to east through the forbidding Sierra Nevadamountains with the help of Chinese labourers whilst simultaneously following the efforts of the workers of the Union Pacific to build from east to west, and their problems in dealing with the lawless nature of the wild west, attacks by hostile Indians, and financial corruption and scandal.

The Hoover Dam
The final episode focuses on the construction of the Hoover Dam during the Great Depression of the 1930s, focussing in particular on the ruthless pace set by Frank Crowe, the builder, whose eagerness to complete the project well before schedule and subsequent exploitation of the workforce (who were desperate for any employment and were forced to accept conditions of extreme hardship in the process) resulted in many deaths and the eventual construction of a new city to house the workers.

Homo homini deus: Por qué Rousseau y Marx tenían razón

Nicolás González Varela, Viento Sur, 31 de julio de 2013

“Todo acto de violencia es un acto político” (Friedrich Engels)

“Todos los conceptos materialistas contienen una acusación y un imperativo.” (Herbert Marcuse)

El gran Rousseau afirmaba que “el principio fundamental de la Moralidad, que he razonado en todos mis escritos y desarrollado tan claramente como pude, es que el Hombre es un ser naturalmente bueno, amante de la Justicia y el Orden, que no hay perversidad original en el corazón humano, y que los primeros movimientos de la Naturaleza siempre tienen la Razón.”/1 La raíz del hombre, decía un joven Marx, es el hombre; la misma alienación no depende ni de un Dios ni de la Naturaleza, sino sólo de la “relación” histórico-social del hombre con otro hombre. Para la naciente Antropología iluminista y sus herederos el Hombre era bueno por naturaleza, tanto para sí mismo como para los otros. Una idea-fuerza que hoy se nos presenta como inocente y acientífica. Uno de los más insidiosos pseudoargumentos de la Ideología burguesa moderna y posmoderna es que la guerra, la polemos, es innata a la Naturaleza humana, un dato objetivo e irreductible. Nada del mito del “buen salvaje”, nada del ridículo Homo Rousseau. Continue lendo

Votação do Marco Civil da Internet fica para a segunda semana de agosto

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, 17 de Julho de 2013

Apesar da pressão do governo, a votação do Marco Civil da Internet ficou para a segunda semana de agosto. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (16), após reunião de líderes dos partidos, que definiu a pauta de votação de hoje e amanhã. Na quinta, começa o recesso parlamentar.

Até lá, durante o recesso, o texto passará por pequenos ajustes e pode incorporar a exigência de que grandes provedores guardem cópias dos dados de brasileiros no país, informa assessores do relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Não há previsão de alteração significativa no artigo que trata da neutralidade da rede, mas é possível que seja mudada uma palavra ou outra, admite o parlamentar. Continue lendo

Prometheus Among the Cannibals, A Letter to Edward Snowden


Edward Snowden[Note for TomDispatch Readers: Signed, personalized copies of Rebecca Solnit’s new book, The Faraway Nearby, have been available at this site for several weeks in return for a contribution of $100 (or more). It’s getting rave reviews and I can testify that it’s a remarkable work. Our thanks go to all of you who have already contributed for your copies. Your donations really do help keep TomDispatch rolling along. For anyone who meant to get a signed copy of The Faraway Nearby but hasn’t acted, you should know that the offer will remain open only through next Monday (though signed books by Nick Turse and me will always be available). So check out our donation page soon! ]

Rebecca Solnit, http://www.tomdispatch.com, July 18, 2013

It’s true that, as Glenn Greenwald and others have written, the American media has focused attention on the supposed peccadillos of Edward Snowden so as not to have to spend too much time on the sweeping system of government surveillance he revealed. At least for now, the Obama administration has cornered the document-less whistleblower at Moscow’s international airport, leaving him nowhere on the planet to go, or at least no way to get there. As a result, the media can have a field day writing negative pieces about his relationship to Putin’s Russia. Continue lendo

Golpe mortal contra os povos indígenas

Egon Heck, IHU On-line, 18 de julho de 2013

“Arsenal de emendas, portarias, e regulamentações ameaçam não apenas os territórios, mas a integridade física dos indígenas. As terras, águas, matas, ar, biodiversidade e minérios estão subordinados à lógica produtivista” (Cesar Sanson)

Estão tramando, no Congresso Nacional, um dos piores golpes contra os direitos dos povos indígenas nos últimos séculos Se o fato se consumar, os direitos desses povos, conquistados com muita luta e dignidade na Constituição de 1988 serão varridos, se instaurando um cenário de genocídio e etnocídio de quase um milhão de indígenas, de 305 povos. Um verdadeiro holocausto poderá ser execrado pelos assassinos interesses de um pequeno grupo da oligarquia e elite desse país. Em nome do Rei e da Lei se declararam as guerras justas contra os povos nativos deste continente, instaurando um reino de barbárie e extermínio. Continue lendo

Análise do uso do Twitter revela ‘mapa’ de protestos no Brasil

enhanced-buzz-3832-1371655608-27Uma análise da atividade dos brasileiros no Twitter durante a onda de protestos que atingiu o país no mês de junho fornece um “mapa” da intensidade dos protestos e revela detalhes sobre a mobilização das pessoas por meio das redes sociais.

Mariana Della Barba e Camilla Costa, BBC Brasil, 11 de julho de 2013

Pesquisadores do Labic (Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura), em Vitória, no Espírito Santo, analisaram as conexões criadas entre usuários do Twitter nos principais dias de protesto e as palavras de ordem mais ecoadas na internet.

Os posts de usuários do Twitter, o segundo site de rede social mais acessado no Brasil, mostram a pluralidade de temas relacionados aos protestos e a evolução do debate sobre as manifestações em palavras-chave e hashtags ─ desde “tarifa” a “Dilma”. Continue lendo

Cartografia de espaços híbridos: as manifestações de junho de 2013

dia17_brancoTiago Pimentel e Sergio Amadeu da Silveira, #interagentes, 10 de julho de 2013

Junho de 2013 foi marcado por um sem número de manifestações e mobilizações sociais em todo o Brasil. Originalmente convocadas pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, os atos contra o aumento das tarifas de transporte público ganharam corpo e adesões em massa ao mesmo tempo em que as manifestações adquiriram outras cores e outras pautas.

O curso dos eventos culminou em um ponto de inflexão na história das mobilizações sociais brasileiras. A mobilização de cidadãs e cidadãos nas ruas, levada a cabo por meios eletrônicos de comunicação social, particularmente as redes sociais, influenciaram enormemente a agenda política dos governos em todas as suas instâncias: federal, estaduais e municipais. E o fizeram de maneira tão instantânea quanto as mobilizações ganharam adesão massiva.

Ver o texto com mapas e gráficos em:

http://interagentes.net/2013/07/11/cartografia-de-espacos-hibridos-as-manifestacoes-de-junho-de-2013/

Paulo Bernardo, teles e Globo conspiram contra o Marco Civil

netneutralityRenato Rovai e Sérgio Amadeu, Blog do Rovai, 10 de junho de 2013

O projeto que poderia garantir os direitos de uso da Internet com privacidade e liberdades básicas está sendo combatido pelo lobby das operadoras de Telecom que tem dentro do governo um porta-voz, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo. Tentando evitar a aprovação do princípio da neutralidade da rede, escondendo que as operadoras violam a privacidade dos seus usuários contratando a empresa Phorm, o ministro Bernardo alegou que a aprovação do Marco Civil seria secundária diante dos escândalos de espionagem denunciados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Engano ou esperteza? O ministro esquece que com a aprovação do Marco Civil a espionagem feita por empresas com sede no Brasil poderia ser levada aos tribunais e os cidadãos teriam como pedir reparações ao seu direito violado. Na verdade, as teles querem filtrar o tráfego para ganhar dinheiro com a venda dos nossos perfis de navegação na rede. Continue lendo